quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Chiquinha Gonzaga


"Viva Chiquinha Gonzaga que, com sua música, abriu alas para que brasileiras tivessem o direito de votar. O dia da conquista foi lembrado por prefeitas e vices eleitas em 2012. A convite da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, elas se reuniram no RJ, no fim de semana, para analisar as últimas eleições e avaliar alternativas para aumentar a inserção de mulheres em espaços públicos."

Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, filha do militar José Basileu Neves Gonzaga e de Rosa de Lima Maria. Estudou piano com professor particular e aos 11 anos compôs sua primeira música, uma cantiga de Natal: Canção dos Pastores. Compositora, instrumentista, regente. Maior personalidade feminina da história da música popular brasileira e uma das expressões maiores da luta pelas liberdades no país. Promoveu a nacionalização musical, foi a primeira maestrina, autora da primeira canção carnavalesca, primeira pianista de choro, introdutora da música popular nos salões elegantes e fundadora da primeira sociedade protetora dos direitos autorais.

Se casou aos 16 anos, com um oficial da Marinha Mercante. Poucos anos depois abandonou o marido por um engenheiro de estradas de ferro, de quem também logo se separou. Passou a sobreviver como professora de piano. Passou a integrar o Choro Carioca como pianista a convite do flautista Joaquim Antônio da Silva Callado. Aperfeiçoou-se com o pianista português Artur Napoleão.

Em 1889 promoveu e regeu, no Teatro São Pedro de Alcântara, um concerto de violões. Foi uma ativa participante do movimento pela abolição da escravatura, vendendo suas partituras de porta em porta a fim de juntar fundos para a Confederação Libertadora. Com o dinheiro arrecadado na venda de suas músicas comprou a alforria de José Flauta, um escravo músico. Chiquinha Gonzaga também participou da campanha republicana e de todas as grandes causas sociais do seu tempo. Já era uma artista consagrada quando compôs, em 1899, a primeira marcha- rancho, Ó Abre Alas, verdadeiro hino do carnaval brasileiro.

Em setembro de 1917, liderou a fundação da SBAT (sociedade pioneira na arrecadação e proteção dos direitos autorais). Aos 85 anos de idade escreveu a última partitura. Sua obra reúne dezenas de partituras para peças teatrais e centenas de músicas nos mais variados gêneros: polca, tango brasileiro, valsa, habanera, schottisch, mazurca, modinha etc. Chiquinha Gonzaga faleceu aos 87 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro.


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